terça-feira, 27 de novembro de 2012

Cleptomania

Cleptomania é um transtorno cuja característica mais proeminente é a impossibilidade de controlar o impulso de furtar.

Grande parte dos cleptomaníacos não dá início ao tratamento porque tem vergonha e não admite a seriedade de sua condição
Grande parte dos cleptomaníacos não dá início ao tratamento porque tem vergonha e não admite a seriedade de sua condição
 
O que é Cleptomania?
A Cleptomania é classificada pelo DMS IV como um dos Transtornos do Controle dos Impulsos, justamente porque sua característica mais marcante é a incapacidade em resistir ao impulso de furtar, mesmo que o objeto furtado não seja útil, necessário ou de qualquer valor.
Como se faz o diagnóstico?
Alguns critérios são propostos para se realizar o diagnóstico de cleptomania, entre eles: o fracasso em resistir ao impulso de furtar; a vivência de ansiedade antes do furto e satisfação/alívio após o furto; o furto deve estar desassociado de qualquer forma de expressão de um sentimento (como raiva, vingança) ou como resposta a qualquer tipo de delírio; e o furto não pode ser explicado por outros transtornos como de Conduta, Episódio Maníaco ou Transtorno da Personalidade Antissocial. Ou seja, para ser considerado um cleptomaníaco, o ato de furtar não pode ser consequência de outro estado de adoecimento mental.
Quais são os tipos de Cleptomania?
Não se pode falar em tipos, mas podemos distinguir três formas de atuação do Cleptomaníaco:
Esporádica– com episódios breves de furtos e longos períodos de remissão;
Episódicas– com longos períodos furtando e curtos períodos de remissão;
Crônica– constantes furtos acompanhados de culpas imediatas ou remissão de curtíssima duração.
O que o Cleptomaníaco costuma furtar?
Em geral, os objetos furtados são coisas que o sujeito tem poder aquisitivo para obter, já que normalmente não se trata de objetos de grande valor comercial, justamente porque o prazer está no ato de furtar, e não em possuir o objeto que, na maioria das vezes, é dispensado. Em alguns casos, o objeto é jogado fora ou se torna presente para alguém. Há casos ainda em que o sujeito coleciona os objetos furtados, ou ainda os devolve ao local do furto sem levantar suspeitas.
O Cleptomaníaco não tem medo?
Os indivíduos com Cleptomania evitam cometer os furtos quando pressentem qualquer tipo de repressão imediatamente após cometer o ato, como quando tem algum policial ou segurança olhando, quando estão sendo filmados etc. Mas isso não quer dizer que eles planejem furtar, ou ainda, que calculem as consequências com rigor, como a possibilidade de ser pego.
Isso não quer dizer que a Cleptomania não provoque reações adversas no sujeito. Os cleptomaníacos frequentemente experienciam a sensação de culpa, de medo de serem presos ou ainda depressão por não conseguirem controlar esse impulso. A Cleptomania compromete a vida social, profissional e pessoal do sujeito.
Como se trata a Cleptomania?
A maior dificuldade é iniciar o tratamento, porque grande parte dos cleptomaníacos não procura ajuda especializada, uma vez que tem vergonha ou não admite a seriedade de sua condição. O tratamento dos casos de cleptomania inclui acompanhamento psicológico e, em alguns casos, farmacológico, com medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos. O tratamento psicológico consiste, na maioria das vezes, em utilizar técnicas como a Dessensibilização sucessiva, a Dessensibilização imaginária, ou ainda, em técnicas que buscam ressignificar o furto, a ansiedade e o prazer dele decorrentes.
Como saber mais?
Existem poucas publicações sobre cleptomania no Brasil. Em sua maioria, os livros especializados não estão traduzidos para o português. Para aqueles que tiverem interesse, o livro Kleptomania – The Compulsion to Steal  - What can be done?, de Marcus J. Goldman, é uma leitura bastante interessante, já que discute propostas interventivas, sua eficácia ou fracasso.

Juliana Spinelli Ferrari
Colaboradora Brasil Escola

 

Quimioterapia

A quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos que visam à destruição das células doentes que formam um tumor.

Desde a década de 1940, a quimioterapia é usada no combate ao câncer
Desde a década de 1940, a quimioterapia é usada no combate ao câncer
Método que consiste na aplicação de medicamentos para combater as células que formam os tumores dos canceres, a quimioterapia também pode ser chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica. É importante ressaltar que a aplicação de vários medicamentos na corrente sanguínea durante a quimioterapia é essencial para o tratamento, pois dessa forma cada medicamento age em etapas diferentes do crescimento do tumor, combatendo-o e impedindo que ele se espalhe para outras partes do corpo.
Dependendo do caso e do estágio do tumor, a quimioterapia pode ser o único tratamento prescrito, mas também pode estar associada com outros tipos de tratamento, como radioterapia e/ou cirurgia. A duração do tratamento depende do tipo de câncer e do estágio em que a doença se encontra. Durante o tratamento com a quimioterapia,o paciente pode manter sua rotina diária normalmente.
A quimioterapia é um tipo de tratamento que pode ser feito de diversas formas:
  • Via oral: através de comprimidos, cápsulas e líquidos;
  • Via intravenosa: os medicamentos são aplicados na veia através de cateteres, injeções ou misturados ao soro;
  • Via intramuscular: são dadas injeções no músculo do paciente;
  • Via subcutânea: os medicamentos são aplicados através de injeções sob a pele;
  • Via intracraneal: as injeções com os medicamentos são aplicadas por um enfermeiro ou médico no líquido da espinha dorsal. É um método pouco utilizado;
  • Uso tópico: os medicamentos são aplicados na forma de líquido ou pomada nos locais onde há lesões.
Pacientes que fazem quimioterapia podem ter alguns efeitos colaterais, como:
  • Queda de cabelo e outros pelos do corpo;
  • Fraqueza;
  • Diarreia;
  • Perda ou aumento de peso;
  • Aftas na boca;
  • Náuseas e vômitos;
  • Tonteiras.
Durante o tratamento com a quimioterapia, algumas dúvidas podem surgir, como:
  • Posso tomar outros medicamentos durante a quimioterapia?
Todo e qualquer problema de saúde que leve à ingestão de outros medicamentos deve ser informado ao médico.
  • O paciente tratado com quimioterapia pode ingerir bebidas alcoólicas?
A ingestão de bebidas alcoólicas é permitida desde que em pequenas quantidades, sendo que não poderá haver ingestão de qualquer bebida alcoólica dias antes ou depois das aplicações de quimioterapia e se o paciente estiver tomando outras medicações prescritas pelo médico.
  • Por que algumas mulheres apresentam alterações no fluxo menstrual durante a quimioterapia?
Por vezes as mulheres podem ter um aumento, diminuição ou até mesmo ausência da menstruação. Em qualquer um desses casos o médico deverá ser comunicado.
  • Posso fazer algum tipo de tratamento dentário enquanto estiver fazendo quimioterapia?
Qualquer tipo de tratamento dentário só pode ser feito sob autorização médica.
  • O paciente que faz aplicações de quimioterapia pode ter relações sexuais?
Sim. A quimioterapia não causa impotência sexual, sendo que o que pode levar o paciente a não ter relações está ligado à parte emocional e não física. A mulher precisa ter cuidado para não engravidar, pois os medicamentos da quimioterapia podem causar má-formação no feto.
O paciente em tratamento que tiver febre por mais de duas horas, apresentar manchas vermelhas pelo corpo, dor ou ardência ao urinar, dores pelo corpo inexistentes antes do tratamento, sangramentos que não param, falta de ar ou dificuldade em respirar e diarreia por mais de dois dias, deverá procurar o hospital imediatamente.

Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

 

Dia Nacional de Combate ao Câncer

 

Símbolo de combate ao câncer e autoexame de mama
O câncer é uma doença que se manifesta através do desenvolvimento de células desordenadas, que invadem os tecidos causando novos focos da doença através da metástase.
A doença possui características que invadem as células sadias, além de disseminar as células contaminadas, rapidamente, através da corrente sanguínea.
Em razão dos problemas causados pela doença, a partir de 1988 o Brasil estabeleceu um dia de tentativa e luta contra a mesma, o dia 27 de novembro. Nessa data são desenvolvidos projetos educativos, de conscientização da população acerca da doença e dos riscos em adquiri-la. Nesse dia, são distribuídos laços vermelhos para serem afixados nas roupas como broches, como símbolo da campanha.
Várias campanhas são realizadas para combater o câncer, os principais fatores que levam à doença são: fumaça de cigarro (químico), radioatividade (físico), infecções virais (biológicos).
Nos últimos anos, os tumores malignos, como também são chamados, foram responsáveis por 12% das mortes no mundo.
Os tratamentos da doença evoluíram muito e, hoje em dia, diagnósticos feitos precocemente podem auxiliar na cura do paciente em até 100%.
Os casos mais graves de câncer são:

O câncer de pulmão é o pior de todos e o mais fácil de ser encontrado. Nas últimas décadas a doença cresceu, no Brasil, cerca de 57% entre os homens e 134% entre as mulheres, pois muitas delas são fumantes passivas. Esse tipo de câncer leva à morte, pois os recursos não são dos melhores. Os tratamentos se restringem a sessões de quimioterapia, radioterapia ou cirurgia.
De mama, atingindo cerca de 35 mil brasileiras por ano, normalmente aparece em quem tem predisposição genética, havendo outros casos na família. É importante fazer exames de mama e, a partir dos vinte anos de idade, toda mulher deve fazer o autoexame, apalpando os seios logo após o período da menstruação. Mulheres com mais de trinta e cinco anos devem fazer mamografia a cada ano, a fim de assegurar que não estão desenvolvendo a doença.
Nas mulheres, também temos o câncer de colo do útero, responsável pela morte de 4 mil pacientes por ano no Brasil. É causado pelo vírus papiloma humano ou HPV, adquirido nas relações sexuais. Os sintomas desse tipo de câncer são corrimentos contínuos, sangramentos e dores durante as relações sexuais. Quando a mulher percebe esses sintomas, em caso de contaminação pelo vírus, a doença já se encontra em estágio avançado, por isso o melhor a fazer é se prevenir através do uso de preservativos.
Nos homens a doença aparece na próstata, com o desenvolvimento do tumor, porém, facilmente diagnosticado nos consultórios médicos. O problema é que o exame é feito através do toque retal, a partir dos 40 anos de idade, e muitos homens não se sujeitam a passar por essa forma de análise. Quando se descobre a doença, muitas vezes a mesma já está em estágio avançado, por falta de visitas regulares ao médico.
A pele também é vítima do câncer. A grande exposição ao sol, a destruição da camada de ozônio, tem feito com que os raios ultravioletas cheguem a atingir-nos com maior facilidade. É comum vermos pessoas estiradas ao sol, entre as dez e quatorze horas, considerados horários críticos à exposição. No Brasil, esses têm aumentado em média de 100 mil novos casos por ano. O mais comum é o carcinoma, sendo responsável por 90% dos casos. Mas o melanoma é a espécie mais agressiva, podendo levar à morte se não for diagnosticado e tratado precocemente, já que pode atingir os órgãos vitais. O tratamento do melanoma é cirurgia seguida de sessões de quimioterapia.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia afirma que uma das maiores dificuldades na luta contra o câncer é para se fazer um trabalho preventivo, de conscientização das pessoas.
Alguns tipos da doença, como de colo de útero, próstata, testículos, língua, boca, pele, dentre outros, poderiam ser diagnosticados facilmente em consultas clínicas, feitas regularmente.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

SARESP dia 27 e 28 de Novembro 2012



Amanha alunos do 3º Ano (2ª série), 5º Ano (4ªsérie), 7º Ano (6ªserie), 9º Ano (8ª Serie) e 3º Ano do Ensino Médio , realizarão o SARESP,  prova ja realizada a diversos anos para avaliar o sistema de ensino paulista.

Será somente necessário que o aluno leve: caneta (de tinta preta ou azul), Lapis, Borracha e uma régua (se achar necessario).

Por: Fernanda Lima

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia Nacional Da Consciência Negra

Dia Nacional da Consciência Negra 

No dia 20 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
O quilombo era uma localidade situada na Serra da Barriga, onde escravos se refugiavam. Com o passar dos anos, chegou a atingir uma população de vinte mil habitantes, em razão do aumento das fugas dos escravos.
Os escravos serviam para fazer os trabalhos pesados que o homem branco não realizava, eles não tinham condições dignas de vida, eram maltratados, apanhavam, ficavam amarrados dia e noite em troncos, eram castigados, ficavam sem água e sem comida, suas casas eram as senzalas, onde dormiam no chão de terra batida.
Muitas pessoas eram contra essa forma de tratar os negros e várias tentativas aconteceram ao longo da história para defender seus direitos. Em 1871 a Lei do Ventre Livre libertou os filhos de escravos que ainda iriam nascer; em 1885 a Lei dos Sexagenários deu direito à liberdade aos escravos com mais de sessenta anos.
Mas Princesa Isabel foi a responsável pela libertação dos escravos, quando assinou a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, dando-os direito de ir embora das fazendas em que trabalhavam ou de continuar morando com seus patrões, como empregados e não mais como escravos.
O dia da consciência negra é uma forma de lembrar o sofrimento dos negros ao longo da história, desde a época da colonização do Brasil, tentando garantir seus direitos sociais.
Hoje temos várias leis que defendem esses direitos, como a de cotas nas universidades, pois acredita-se que, em razão dos negros terem sido marginalizados após o período de escravidão, não conseguiram conquistar os mesmos espaços de trabalho que o homem branco.
Na época da escravidão os negros não tinham direito ao estudo ou a aprender outros tipos de trabalho que não fossem os braçais, ficando presos a esse tipo de tarefa.
Muitos deles, estando libertos, continuaram na mesma vida por não terem condições de se sustentar.
O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial, contra a inferioridade da classe perante a sociedade. Além desses assuntos, enfatizam sobre o respeito enquanto pessoas humanas, além de discutir e trabalhar para conscientizar as pessoas da importância da raça negra e de sua cultura na formação do povo brasileiro e da cultura do nosso país.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia

 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Dia da Proclamação da República

 


Dom Pedro II e o Marechal Deodoro da Fonseca
Em 15 de novembro de 1889 foi proclamada a república do Brasil.
Na época, o país era governado por D. Pedro II e passava por grandes problemas, em razão da abolição da escravidão, em 1888.
Como os negros não trabalhavam mais nas lavouras, os imigrantes começaram a ocupar seus lugares, plantando e colhendo, mas cobravam pelos trabalhos realizados, o que gerou insatisfação nos proprietários de terras.
As perdas também foram grandes para os coronéis, pois haviam gasto uma enorme quantidade de dinheiro, investindo nos escravos e o governo, após a abolição, não pagou nenhuma indenização aos mesmos.
A guerra do Paraguai (1864 a 1870) também ajudou na luta contra o regime monárquico no Brasil. Soldados brasileiros se aliaram aos exércitos do Uruguai e da Argentina, recebendo orientações para implantarem a república no Brasil.
Os movimentos republicanos também já aconteciam no país, a imprensa trazia politização à população civil, para lutarem pela libertação do país dos domínios de Portugal. Com isso, vários partidos teriam sido criados, desde 1870.
A Igreja também teve sua participação para que a república do Brasil fosse proclamada. Dois bispos foram nomeados para acatarem as ordens de D. Pedro II, tornando-se seus subordinados, mas não aceitaram tais imposições. Com isso, foram punidos com pena de prisão, levando a igreja a ir contra o governo.
Com as tensões aquecendo o mandato de D. Pedro II, o mesmo dirigiu-se com sua família para a cidade de Petrópolis, também no estado do Rio de Janeiro.
Porém seu afastamento não foi nada favorável, fez com que fosse posto em prática um golpe militar, onde o Marechal Deodoro da Fonseca conspirava a derrubada de D. Pedro II.
Boatos de que os responsáveis pelo plano seriam presos fizeram com que a armada acontecesse, recebendo o apoio de mais de seiscentos soldados.
No dia 15 de novembro de 1889, ao passar pela Praça da Aclamação, o Marechal, com espada em punho, declarou que a partir daquela data o país seria uma república.
Dom Pedro II recebeu a notícia de que seu governo havia sido derrubado e um decreto o expulsava do país, juntamente com sua família. Dias depois, voltaram a Portugal.
Para governar o Brasil República, os responsáveis pela conspiração montaram um governo provisório, mas o Marechal Deodoro da Fonseca permaneceu como presidente do país. Rui Barbosa, Benjamin Constant, Campos Sales e outros, foram escolhidos para formar os ministérios.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia

 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O papel da Índia no grupo dos BRICS

O grupo dos BRICS é formado pelos países que mais apresentam potencial de crescimento econômico da atualidade, são eles: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Os países que formam o grupo dos BRICS são: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
Os países que formam o grupo dos BRICS são: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
O grupo BRICS define as nações emergentes com maior potencial para crescimento econômico do mundo, sendo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.  Dentro deste grupo, a Índia merece destaque pela produção de manufaturas - ainda que em menor proporção que os chineses – e principalmente pelo desenvolvimento do setor de serviços, desde os mais especializados e que exigem maior qualificação da mão de obra até os call centers, em que a fluência na língua inglesa é o maior requisito para esse posto de trabalho.
A Índia tem uma população superior a 1,3 bilhão de pessoas e foi o país que mais contribuiu para o crescimento da população mundial nos últimos anos (com um crescimento médio anual de 16 milhões de habitantes). Em 2030, deverá se tornar o país mais populoso do mundo, principalmente por não contar com uma política de natalidade e pela cultura predominante do país estar relacionada ao hinduísmo, que considera os nascimentos sagrados devido à crença nas reencarnações: restringir um nascimento é compreendido como limitar a evolução espiritual de uma alma.
Em um cenário de envelhecimento mais avançado na Europa, Japão e em andamento em várias outras localidades, essa característica pode favorecer a Índia, mantendo uma enorme força de trabalho e possibilitando o fortalecimento de um mercado interno de consumo, pois a classe média indiana já ultrapassou a marca de 200 milhões de pessoas. Mas o mesmo aspecto que pode produzir crescimento também expõe um desafio para o governo da Índia, pois o país ainda possui baixíssimos indicadores sociais, com a pior rendaper capita entre os BRICS, pouco mais de US $ 1.500.  Além disso, A Índia é o único membro do grupo que ainda não pode ser considerado urbano, detendo um enorme contingente de habitantes vivendo no campo, algo em torno de 70% do total da população.
Uma das áreas de afirmação da Índia no panorama mundial é a indústria tecnológica. Trata-se de um dos países mais bem situados no ranking mundial das principais empresas tecnológicas em virtude da qualidade das suas universidades e da formação dada nesse segmento. A região de Bangalore, ao Sul, é conhecida mundialmente como o Vale do Silício da Índia, uma menção ao maior centro desenvolvedor de tecnologia dos Estados Unidos localizado nos arredores da cidade de São Francisco, no estado da Califórnia. Com uma taxa de crescimento econômico que, em termos médios anuais, deverá se situar em torno dos 6 a 8% nos próximos anos, não há dúvidas sobre a relevância da Índia no contexto mundial, apesar da diminuição dos picos de 8% a 9% de crescimento que ocorreram nos anos anteriores.
Em meio à crise de liquidez doméstica e global, a dependência das exportações de baixo valor agregado, aliado a uma base de grande consumo e à elevada proporção de empregos (dois terços) e renda (metade) provenientes das zonas rurais, o consumo no país tem mantido um nível estável.   O crédito é em grande parte canalizado pelos bancos domésticos, especialmente os estaduais, que têm oferecido empréstimos com baixas taxas de juros. As exportações mantiveram-se, apesar de repercussões sobre o emprego e os gastos dos consumidores.  A correção dos preços do petróleo e as grandes reservas de divisas ajudaram o país a resistir à saída de capitais em 2008. O alto retorno em bens imobiliários e de infraestrutura impulsionou a entrada de capitais.

Júlio César Lázaro da Silva
Colaborador Brasil Escola

 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012


Adolf Hitler



Hitler e o ideal nazista: a mobilização de uma nação em torno de um governo totalitário.
Hitler e o ideal nazista: a mobilização de uma nação em torno de um governo totalitário.

Nascido em 1889, na cidade austríaca de Braunau, Alta Áustria, Adolf Hitler era filho de Alois Hitler, funcionário aduaneiro. Sua mãe, Klara Hitler era prima de seu pai e foi até a casa de Alois para cuidar da sua mulher que já se apresentava adoentada e prestes a morrer. Depois de enviuvar-se, Louis decidiu casar-se com Klara. Para isso, teve que pedir permissão à Igreja Católica, que só liberou o casamento depois da gravidez de Klara.
Do matrimônio de Louis e Klara nasceram dois filhos: Adolf e Paula. Durante os primeiros anos de sua juventude, Adolf era conhecido como um rapaz inteligente e mal-humorado. Na adolescência, foi duas vezes reprovado no exame de admissão da Escola de Linz. Nesse mesmo período começou a formular suas primeiras ideias de caráter antissemita, sendo fortemente influenciado pelo professor chamado Leopold Poetsch.

A relação de Hitler com seus pais era bastante ambígua. À mãe, dedicava extremo carinho e dedicação. Com o pai tinha uma relação conflituosa, marcada principalmente pela oposição que Louis fazia ao interesse de Adolf pelas artes e pela arquitetura. Frustrado com o seu insucesso na sequência de seus estudos, Hitler mudou-se para Viena, aos 21 anos, vivendo de pequenos expedientes. Vivendo em condições precárias, mudou-se para Munique quando tinha 25 anos de idade.

Com a explosão da Primeira Guerra Mundial, decidiu se alistar voluntariamente no Exército Alemão, incorporando o 16º Regimento de Infantaria Bávaro. Lutando bravamente nos campos de batalha, conquistou condecorações por bravura durante sua atuação militar e recomendações de um superior de origem judaica. Depois de se recuperar de uma cegueira temporária, voltou para Munique trabalhando no departamento de imprensa e propaganda do Quarto Comando das Forças Armadas.

Em 1919, depois de presenciar a derrota militar alemã, filiou-se a um pequeno grupo político chamado Partido Trabalhista Alemão. Em meio às mazelas que o povo alemão enfrentava, esse partido discutia soluções extremas mediante os problemas da Alemanha. Entre outros pontos, pregavam a extinção dos tratados da Primeira Guerra, a exclusão socioeconômica da população judaica, melhorias no campo econômico e a igualdade de direitos políticos.

Utilizando seus grandes dotes oratórios, Hitler começou a angariar a adesão de novos partidários e propôs a mudança do partido para o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. A renovação do nome acompanhou a criação de uma nova simbologia ao partido (uma bandeira vermelha com uma cruz gamada) e a incorporação de milícias comprometidas a defender o ideal do partido. As chamadas Seções de Assalto (SA) eram incumbidas de perturbar as reuniões de grupos marxistas, estrangeiros e comunistas.

Dois anos depois de integrar o partido, Hitler tornara-se chefe supremo do Partido Nazista (contração do termo alemão “Nationalsozialist”). Agrupado a um pequeno grupo de partidários, Hitler esboçou um golpe político que foi contido pelas autoridades alemãs. No ano de 1923, foi condenado a cinco anos de prisão, dos quais só cumpriu apenas oito meses. Nesse meio tempo, escreveu as primeiras linhas de sua obra (um misto de autobiografia e manifesto político) chamada “Mein Kampf” (Minha Luta).

Liberto, resolveu remodelar as diretrizes de seu partido incorporando diretrizes do fascismo, noções de disciplina rígida e a formação de grupos paramilitares. Adotando uma teoria de cunho racista, Hitler dizia que o povo alemão era descendente da raça ariana, destinada a empreender a construção de uma nação forte e próspera. Para isso deveriam vetar a diversidade étnica em seu território, que perderia suas forças produtivas para raças descomprometidas com os arianos.
Adolf Hitler

No campo político, o partido de Hitler era contrário à definição de um regime político pluripartidário. A diferença ideológica dos partidos somente serviu para a desunião de uma nação que deveria estar engajada em ideais maiores. Dessa forma, as liberdades democráticas eram vetadas em favor de um único partido liderado por uma única autoridade (no caso, Hitler), que estaria comprometido com a constituição de uma nação soberana. Entre outras coisas, Hitler defendia a construção de um “espaço vital” necessário para a nação ariana cumprir seu destino.

O ideário nazista, prometendo prosperidade e o fim da miséria do povo alemão, alcançou grande popularidade com a crise de 1929. Os nazistas organizavam grandes manifestações públicas onde o ataque aos judeus, marxista, comunistas e democratas eram sistematicamente criticados. Prometendo trabalho e o fim das imposições do Tratado de Versalhes, os nazistas pareciam prometer ao povo alemão tudo que ele mais precisava. Em pouco tempo, grupos empresariais financiaram o Partido Nazista.

No início da década de 1930, o partido tinha alcançado uma vitória expressiva que se manifestou na presença predominante de deputados nazistas, ocupando as cadeiras do Poder Legislativo alemão. No ano de 1932, Hitler perdeu as eleições presidenciais para o marechal Hindenburg. No ano seguinte, não suportando as pressões da crise econômica alemã, o presidente convocou Hilter para ocupar a cadeira de chanceler. Em pouco tempo, Hitler conseguiu empreender sucessivos golpes políticos que lhe deram o controle absoluto da Alemanha.

Depois de aniquilar dissidentes no interior do partido, na chamada Noite dos Longos Punhais, Hitler começou a colocar em prática o conjunto de medidas defendidas por ele e o partido nazista. Organizando várias intervenções na economia, com os chamados Planos Quadrienais, Hitler conseguiu ampliar as frentes de trabalho e reaquecer a indústria alemã. A rápida ascensão econômica veio seguida pela ampliação das matérias primas e dos mercados consumidores. Foi nesse momento que a teoria do Espaço Vital fora colocada em prática.

Hitler, tornando-se um grande líder carismático e ardoroso estrategista, impôs à Europa as necessidades do Estado nazista. Depois de exigir o domínio da região dos Sudetos e assinar acordos de não agressão com os russos, o governo nazista tinha condições plenas de por em prática seu grande projeto expansionista. Com o início da Segunda Guerra, Hitler obteve grandes vitórias que pareciam lhe garantir o controle de um amplo território, suas profecias pareciam se cumprir.

Somente após a invasão à Rússia e a entrada dos EUA no conflito, a dominação das forças nazistas pôde ser revertida. A vitória dos Aliados entre 1943 e 1944 colocou Hitler em uma situação extremamente penosa. Resistindo à derrota, Hitler resolveu se refugiar em seu bunker, em Berlim. Himmler, um dos generais da alta cúpula nazista, tentou assinar um termo de rendição sem o consentimento de Adolf Hitler. O acordo foi rejeitado pelos Aliados, que continuaram a atacar as tropas alemãs.

Indignado, Hilter resolveu substituir Himmler pelo comandante Hermann Gering, que logo pediu para assumir o governo alemão. Irritado com seus comandados, em um último ato, Hilter nomeou Karl Doenitz como presidente da Alemanha e Joseph Goebbeles, chanceler. Em 30 de abril de 1945, sem oferecer nenhum tipo de resistência militar, Goebbeles, Hitler e sua esposa, Eva Braun, suicidaram-se

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O Processo de Urbanização

A urbanização consiste na aglomeração populacional nas cidades em virtude do surgimento das sociedades industriais, gerando uma série de implicações para o espaço geográfico.

 


Grande aglomeração de pessoas, prédios, pavimentação, iluminação são características de áreas urbanas.
O termo urbanização tem origem na expressão latina urbi, que significa cidade. Por outro lado, urbi é derivada da palavra suméria Ur, uma das duas primeiras cidades da história, localizada na região da Mesopotâmia e formada por volta do ano de 6000 a.C. Estudos arqueológicos apontam para outra localidade na Mesopotâmia, Uruk, como sendo a primeira cidade notoriamente ‘urbana’. Em torno de 3500 a.C., Uruk já contava com um arranjo estrutural avançado, estimulado pelas atribuições comerciais e o desenvolvimento da escrita cuneiforme.
Grande aglomeração de pessoas, prédios, pavimentação, iluminação são características de áreas urbanas.* Mesmo com essa analogia entre o urbano e a cidade, na verdade, a cidade é o local do urbano, pois nem toda cidade é plenamente urbana, por vezes as funções da cidade podem estar relacionadas ao extrativismo e à agropecuária. Uma área urbana tem como preceitos uma grande aglomeração de pessoas vinculadas às relações complexas da industrialização, a circulação de mercadorias, pessoas e os fluxos de capitais. Todas essas características se complementam quando analisamos uma paisagem tipicamente urbana, marcada pelos equipamentos urbanos como prédios, pavimentação, iluminação, obras estruturais e o intenso individualismo que marca a era das metrópoles.
Nesse sentido, a urbanização como nós conhecemos foiiniciadaa partir da Revolução Industrial, no século XVIII, a princípio na Inglaterra e depois se espalhando por outras localidades da Europa e nos Estados Unidos. As primeiras fábricas provocaram um grande êxodo rural pela necessidade de absorção de mão de obra e formação de mercados consumidores. Concomitantemente, as máquinas da Revolução Industrial invadiram o campo, mecanizando a lavoura e expulsando os camponeses de suas terras.
O fenômeno urbano chegou acompanhado por uma série de problemas. As primeiras aglomerações urbanas da Inglaterra e da França combinavam poluição atmosférica, falta de saneamento básico e condições precárias de vida para os seus habitantes. Na segunda metade do século XIX, o planejamento urbano nos países ricos considerou todos esses problemas, tornando as áreas urbanas mais adequadas às funções econômicas, mas sem deixar de atender às demandas da sociedade. Em países como o Brasil, a urbanização foi lenta e demorou mais tempo para se concretizar. As funções coloniais adiaram a modernização das cidades brasileiras que estavam limitadasao fornecimento de matérias-primas, pois a colônia não poderia atingir um nível de organização que se equivalesse ao da metrópole.
Apenas com a difusão da atividade industrial no Brasil, consolidada após a 2ª Guerra Mundial, é que foram definidos os rumos da urbanização brasileira. Isso significa que os países que tiveram um processo de industrialização tardia, como o Brasil, também tiveram uma urbanização tardia e sem planejamento. O êxodo rural iniciado no Brasil na década de 1950 provocou um inchamento das cidades, conhecido nos dias de hoje como a macrocefalia urbana. Tanto que, no ano de 1950, a população urbana brasileira representava um total de 18,8 %. Em 1965, esse percentual alcançou mais de 50 %, tornando o Brasil um país urbano.
Esse retrospecto colaborou para a ocorrência dos desafios urbanos presentes nos países subdesenvolvidos industrializados, como a falta de saneamento básico, enchentes, violência urbana, sistema de transporte ineficiente, carência de moradias, aumento da informalidade e a segregação socioespacial. A baixa qualidade de vida e as diversas modalidades de poluição e degradação ambiental estão fortemente atreladas ao imaginário de paisagem urbana das grandes cidades do mundo subdesenvolvido.
De acordo com os relatórios oficiais das Nações Unidas, a população mundial passou a ter mais pessoas vivendo nos centros urbanos do que nas áreas rurais no ano de 2008. Atualmente, o urbano corresponde a 52,1 % da população do planeta. Nos países desenvolvidos, essa média é de 77,7%, contra 46,5 % nos países subdesenvolvidos. Segundo o Censo 2010 realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil possui 84,4 % de sua população de cerca de 190 milhões de habitantes vivendo em áreas consideradas urbanas.

Júlio César Lázaro da Silva
Colaborador Brasil Escola

 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Como é eleito o presidente nos Estados Unidos


Casa Branca: o símbolo do poder presidencial norte-americano.
A eleição presidencial dos Estados Unidos gera muitas expectativas nos norte-americanos e em outros países, preocupações que normalmente resultam em variações bruscas nas bolsas de valores da maioria das nações, pois, dependendo de quem é eleito presidente, a economia mundial pode melhorar ou piorar, já que os Estados Unidos, como grande potência, influenciam na economia de muitos países.

Como ocorre o processo eleitoral?

O processo eleitoral norte-americano é um pouco mais complexo do que o brasileiro. Todo político que tem intenção de tornar-se presidente primeiramente organiza um comitê exploratório antes das eleições, cuja finalidade é testar suas chances e arrecadar fundos para sua campanha. Após tais realizações, ele deve declarar formalmente sua candidatura à indicação de seu partido. Geralmente, há muitos candidatos que disputam a indicação partidária para concorrer à Presidência, sendo o Partido Republicano e o Democrata os principais quando se fala em política norte-americana.

As chamadas eleições primárias, que é a disputa entre candidatos de um mesmo partido, costumam ocorrer entre os meses de janeiro e junho. Eleitores em cada um dos Estados norte-americanos elegem os delegados partidários, alguns deles preferem escolher seus delegados através de uma prévia (sistema de reuniões políticas). Muitos candidatos tornam-se praticamente imbatíveis após vencer um número significativo de primárias, não necessitando do resultado das disputas nos últimos Estados. As convenções partidárias nacionais, realizadas um pouco antes da eleição presidencial, são usadas para indicar formalmente o candidato escolhido pelo partido para concorrer à Presidência. São os delegados partidários que escolhem os indicados durante as primárias e será o candidato que disputará a eleição que irá escolher o vice para sua chapa.

A eleição presidencial ocorre sempre na primeira terça-feira de novembro do ano eletivo. Ao contrário do Brasil, os eleitores não participam de uma eleição direta, eles são responsáveis pela escolha dos “eleitores” que formam um Colégio Eleitoral. O número de “eleitores” por Estado é determinado pelo tamanho de sua população. Na maioria dos Estados, o vencedor do voto popular leva todos os votos do Colégio Eleitoral daquele Estado. Deviso a esse sistema, um candidato pode vencer sem ter o maior número de votos populares em âmbito nacional.

Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola