O papel da Índia no grupo dos BRICS
O grupo dos BRICS é formado pelos países que mais apresentam potencial de crescimento econômico da atualidade, são eles: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Os países que formam o grupo dos BRICS são: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
O grupo BRICS define as nações emergentes com maior potencial para
crescimento econômico do mundo, sendo formado por Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul. Dentro deste grupo, a Índia merece destaque
pela produção de manufaturas - ainda que em menor proporção que os
chineses – e principalmente pelo desenvolvimento do setor de serviços,
desde os mais especializados e que exigem maior qualificação da mão de
obra até os call centers, em que a fluência na língua inglesa é o maior requisito para esse posto de trabalho.
A Índia tem uma população superior a 1,3 bilhão de pessoas e foi o país
que mais contribuiu para o crescimento da população mundial nos últimos
anos (com um crescimento médio anual de 16 milhões de habitantes). Em
2030, deverá se tornar o país mais populoso do mundo, principalmente por
não contar com uma política de natalidade e pela cultura predominante
do país estar relacionada ao hinduísmo, que considera os nascimentos
sagrados devido à crença nas reencarnações: restringir um nascimento é
compreendido como limitar a evolução espiritual de uma alma.
Em um cenário de envelhecimento mais avançado na Europa, Japão e em
andamento em várias outras localidades, essa característica pode
favorecer a Índia, mantendo uma enorme força de trabalho e
possibilitando o fortalecimento de um mercado interno de consumo, pois a
classe média indiana já ultrapassou a marca de 200 milhões de pessoas.
Mas o mesmo aspecto que pode produzir crescimento também expõe um
desafio para o governo da Índia, pois o país ainda possui baixíssimos
indicadores sociais, com a pior rendaper capita entre os BRICS,
pouco mais de US $ 1.500. Além disso, A Índia é o único membro do
grupo que ainda não pode ser considerado urbano, detendo um enorme
contingente de habitantes vivendo no campo, algo em torno de 70% do
total da população.
Uma das áreas de afirmação da Índia no panorama mundial é a indústria
tecnológica. Trata-se de um dos países mais bem situados no ranking
mundial das principais empresas tecnológicas em virtude da qualidade das
suas universidades e da formação dada nesse segmento. A região de
Bangalore, ao Sul, é conhecida mundialmente como o Vale do Silício da
Índia, uma menção ao maior centro desenvolvedor de tecnologia dos
Estados Unidos localizado nos arredores da cidade de São Francisco, no
estado da Califórnia. Com uma taxa de crescimento econômico que, em
termos médios anuais, deverá se situar em torno dos 6 a 8% nos próximos
anos, não há dúvidas sobre a relevância da Índia no contexto mundial,
apesar da diminuição dos picos de 8% a 9% de crescimento que ocorreram
nos anos anteriores.
Em meio à crise de liquidez doméstica e global, a dependência das
exportações de baixo valor agregado, aliado a uma base de grande consumo
e à elevada proporção de empregos (dois terços) e renda (metade)
provenientes das zonas rurais, o consumo no país tem mantido um nível
estável. O crédito é em grande parte canalizado pelos bancos
domésticos, especialmente os estaduais, que têm oferecido empréstimos
com baixas taxas de juros. As exportações mantiveram-se, apesar de
repercussões sobre o emprego e os gastos dos consumidores. A correção
dos preços do petróleo e as grandes reservas de divisas ajudaram o país a
resistir à saída de capitais em 2008. O alto retorno em bens
imobiliários e de infraestrutura impulsionou a entrada de capitais.
Júlio César Lázaro da Silva
Colaborador Brasil Escola
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