Dia do Cinema Brasileiro
O dia 19 de junho tornou-se o dia de comemoração pelo
renascimento do cinema brasileiro, por este ter passado a apresentar,
nos últimos anos, produções de maior qualidade.
O surgimento do cinema se deu a partir da ideia do
homem em dar vida às imagens. O belga Plateau criou o Phénakistiscope
(1832), em seguida, o inglês Horner criou o Zootrope (1834), aparelhos
que davam movimentos aos desenhos. Mas os primeiros desenhos animados
surgiram criados pelo francês Èmile Reynaud, através de um aparelho de
nome praxinoscópio.
Em 1880 tivemos os primeiros aperfeiçoamentos nas películas de celuloide, possibilitando que se chegassem aos filmes.
Somente em 1890 que um americano inventou o
Kinescópio e o apresentou numa feira internacional em Chicago. O
aparelho era uma caixa contendo uma lupa, por onde o público via as
imagens ampliadas, assim surgiram os primeiros curtas-metragens.
Porém, os irmãos Lumière foram os criadores oficiais
do cinema, em 1895. Aproveitando aparelhos de outros inventores, fizeram
a reprodução através do cinematógrafo, um aparelho de projeção,
conseguindo realizar a primeira sessão de cinema em Paris.
No dia 08 de julho de 1896, aconteceu no Rio de
Janeiro a primeira projeção pública dos irmãos Lumière, pelo
omniógrapho, o sucesso da mesma fez com que o empresário Pascoal Segreto
inaugurasse a primeira sala do Brasil.
O cinema brasileiro nasceu quando Afonso Segreto
chegou à Baía de Guanabara e registrou as imagens do local. A partir daí
os irmãos Segreto registraram os principais acontecimentos cívicos e
festivos do país, através de uma câmera Lumière, ficando como os únicos
produtores brasileiros até 1903.
Aos poucos as imagens foram sendo feitas em outras
regiões do Brasil, como em São Paulo, e o cinema nacional tomando suas
primeiras dimensões, e passou a projetar os primeiros documentários.
A primeira companhia de cinema brasileira foi fundada
somente em 29 de janeiro de 1911, distribuindo salas de cinema por todo
o país, além de reproduzir fitas do cinema estrangeiro. Com isso,
atores brasileiros ficaram desempregados e o cinema nacional perdeu
espaço, entrando em decadência. A hegemonia do cinema americano que se
destacou como o melhor do mundo.
Somente nos anos trinta, época da Primeira Guerra
Mundial, Adhemar Gonzaga instalou o primeiro estúdio de cinema no Rio de
Janeiro, a Cinédia. A partir daí, iniciou-se as produções dos dramas e
comédias musicais brasileiras.
As chanchadas surgiram no ano de 1941, através da
produtora Atlântica, tendo Carlos Manga como um dos principais
cineastas. Depois o estúdio Vera Cruz revelou o filme de Lima Barreto,
que acabou premiado no Festival de Cannes, “O Cangaceiro”.
Dentre os principais, tivemos Mazzaropi, que montou
sua produtora em 1963, projetando filmes de um caipira muito engraçado;
Glauber Rocha aparece com o filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol” e o
filme “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade.
O governo brasileiro criou a Embrafilmes, empresa que
financiava recursos para a produção do cinema nacional, mas em vinte
anos de existência a mesma passou por sérias dificuldades financeiras,
deixando de cumprir com seu propósito. Somente em 1993 foi que a nova
lei de audiovisual trouxe novas expectativas para o cinema do Brasil.
Diretores como Carla Camuratti, Murilo Salles e Fábio
Barreto ficaram internacionalmente conhecidos e a partir daí tivemos
várias produções que, inclusive, receberam indicações para o Oscar,
maior premiação cinematográfica do mundo.
O cinema brasileiro cresceu muito e tornou-se
mundialmente conhecido e respeitado, com as produções “Cidade de Deus”,
“Bicho de Sete Cabeças”, “Lisbela e o Prisioneiro”, “O Homem que
Copiava”, dentre outros.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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